quinta-feira, 7 de junho de 2007

Só um pensamento antes de dormir...

Porquê a gente se decepciona? Porquê a gente espera que o outro corresponda aos nossos sentimentos, mesmo que estes sejam momentâneos?

Nunca pensei viver o romance, a sinceridade sempre me apeteceu. Dura, triste, mas sempre sincera, sempre verdadeira. Não existe amor puro e sincero... somos corrompidos pelo hábito de mentir. A verdade quase sempre é deixada de lado, para os momentos em que não se consegue mais mentir. E quanto à pureza, vamos ser bem sinceros, essa nunca existiu. E não é culpa do mundo, da perversidade... é que a pureza é tão pretensiosa, que nunca será alcançada.

A gente sempre sabe o que deve saber, na hora certa de fazer. Mas não fazemos. Porquê?? Oras, exatamente o que eu queria saber. Muito mais fácil seria viver, se já nos preveníssemos do acontecimento. Mas, oras que vida chata essa! Sem sofrer, perdem a graça até os melhores momentos, acaba-se o valor. E o sorriso lindo daquela garotinha?? Apenas mais um dos muitos que daríamos então!

Chego a velha conclusão que decepção não mata, ensina a viver! Pôxa, mas que maneira mais clichê de terminar este post!


quinta-feira, 24 de maio de 2007

Renúncia, hábitos e nada mais!

Estive pensando no quanto tudo isso pode ser inútil na minha vida. Pensando no tema para reflexão sugerido na faculdade essa semana, renúncia, eu fico pensando e me perguntando, se está valendo a pena manter alguns hábitos.

Não, não são hábitos como aqueles chinelos velhos, toalha molhada em cima da cama, ou coçar a cabeça quando surge uma dúvida. São hábitos referente à personalidade. Será possível que nós cultivamos alguns hábitos que refletem diretamente no caráter, no modo de agir e pensar? Pois é isso que eu estou me perguntando. Será que se eu abandonar o hábito de ser sedentária, vou parar de beber, e tirar a gordura do presunto antes de comer?

É talvez eu precise caminhar um pouco, as gorduras acumulam no meu corpo, e na minha cabeça também.

Sempre achei que chegar aos 20 anos me traria um gás nunca antes tido, que tudo eu faria, que tudo eu questionaria, que tudo eu mudaria. Eu achava que se eu quisesse, eu poderia transformar a minha vida, viver a glória, o amor, a dor, o vício, sem me desmanchar, sem me perder em mim mesma.

Hoje eu já passei “uma casa” dos vinte, e jogo esse pensamento pra mais pra frente, talvez quando eu tiver 30 anos, talvez quando eu tiver um filho... querer não é poder, vontade é poder, ação é poder. Eu quero, mas não quero fazer...achei que isso seria um processo natural, como nascer, crescer e morrer.. e descobri que é muito mais complexo que isto.

O hábito de fazer o mesmo me consome, e sempre atrapalha meus sonhos “Obaa.. amanhã eu pego um avião e vou pra Inglaterra!... mas poxa, amanhã eu tenho um boleto à pagar, e o dinheiro não vai dar... “

Chego a pensar quase que sempre, na falta de sentido que se encontra minha vida. Não luto mais por nada, não desejo ardentemente coisa nenhuma, não me surpreendo. Meus olhos calejaram... nenhuma beleza comove... e as lágrimas quase sempre são por nostalgia.

Voltando ao tema renúncia, deparo-me com uma abrangência, na qual eu nunca antes havia pensado. Renuncie a si mesmo, e terá uma pessoa nova e pura. Renuncie aos hábitos, aos vícios, renuncie até mesmo o amor, aquele que cega, que atordoa, que deturpa o pensamento. Renunciar é muito mais que dizer não, é muito mais que uma simples escolha. Tem haver com mudança, com revolução, mas principalmente com coragem.

Coragem para enfrentar aqueles que não tem coragem de renunciar, que gozam de uma felicidade mascarada, e te mostram o tempo todo as conseqüências da sua renúncia. Coragem até para enfrentar e aceitar que não existe felicidade plena, e que ás vezes, é preciso manter os velhos hábitos, para se encontrar... e que de nada valeu a renúncia, que não fosse aprender.